ROUTINE — Terror Espacial Reimaginado: Análise de Gameplay, Gráficos e Atmosfera

Descubra nossa análise completa de ROUTINE, o aguardado jogo de terror sci-fi ambientado na Lua. Avaliamos gameplay, atmosfera, gráficos, desafios e tudo o que torna este título um dos mais promissores do gênero em 2025.

12/9/20255 min read

Resumo e contexto

ROUTINE é um jogo de horror e ficção científica em primeira pessoa desenvolvido por Lunar Software e publicado por Raw Fury, lançado em 4 de dezembro de 2025 para PC (Steam) e consoles Xbox (inclusive via Xbox Game Pass).

A premissa: o jogador assume o papel de um protagonista sem nome que explora uma base lunar abandonada, cujos moradores desapareceram misteriosamente. O objetivo é investigar o que ocorreu, enfrentar ameaças desconhecidas e sobreviver em um ambiente claustrofóbico e hostil.

O desenvolvimento de ROUTINE foi longo — o jogo foi anunciado originalmente em 2012 e demorou cerca de 13 anos até ganhar lançamento final, o que torna sua chegada um marco no universo dos indies de horror sci-fi.

🎮 Gameplay e mecânicas

  • Exploração e sobrevivência: ROUTINE prioriza a investigação de ambientes, exploração cuidadosa e tensão constante. O jogador precisa vasculhar a base lunar, interagir com terminais e equipamentos, descobrir pistas e desvendar o mistério do que ocorreu. A interface minimalista — sem HUD invasivo — contribui para a imersão.

  • Ferramenta essencial — C.A.T.: O jogador conta com o dispositivo chamado Cosmonaut Assistance Tool (C.A.T.), que serve para acessar terminais, manipular sistemas da base, identificar pistas e até se defender de ameaças quando necessário.

  • Terror atmosférico e tensão constante — sem depender de ação frenética: ROUTINE não busca ser um shooter violento; sua ênfase está na atmosfera, no medo do desconhecido e na sensação de isolamento. Encontros com inimigos tendem a privilegiar stealth, fuga, horror psicológico e vulnerabilidade.

  • Permadeath / risco real (dependendo das mecânicas de dificuldade): o título segue a filosofia de horror clássico e de sobrevivência — cada erro pode custar caro, o que mantém o jogador em tensão constante.

  • Narrativa ambiental e mistério: ao invés de diálogos constantes ou tutorial explícito, o enredo se revela por meio de ambiente, logs, terminais e exploração — o que fortalece a imersão e o clima de mistério.

Em suma: ROUTINE é menos sobre ação e mais sobre suspense, medo, investigação e horror psicológico — ideal para quem busca uma experiência de horror mais lenta e reflexiva.

🌑 Ambientação, atmosfera e narrativa

ROUTINE aposta pesado na ambientação para construir seu terror:

  • A base lunar abandonada, com corredores vazios, iluminação fria, sons metálicos, alarmes falhos e espaços industriais — tudo contribui para a sensação de solidão, abandono e decadência.

  • A estética é claramente inspirada na ficção científica retrô dos anos 1980: painéis analógicos, tecnologia “analógica” futurista, máquinas antigas e desgaste visual reforçam a sensação de que você está em um futuro alternativo — sujo, frio e implacável.

  • A narrativa é entregue com sutileza — sem “mãos dadas”: logs, terminais, pedaços de documento, sinais visuais e o ambiente ao redor contam a história de forma fragmentada, exigindo atenção do jogador para interpretar o que aconteceu.

  • O design sonoro e a ambientação auditiva são cruciais — sons distantes, ruídos mecânicos, zumbidos e silêncio ajudam a construir o clima de medo e insegurança, muitas vezes sugerindo perigos sem mostrá-los diretamente.

Resultado: ROUTINE entrega uma imersão densa e atmosférica, onde a ambientação não é apenas cenário — é parte ativa da narrativa e do susto.

Gráficos e performance técnica

  • ROUTINE foi desenvolvido com o motor Unreal Engine 5, o que garante altos níveis de fidelidade visual, iluminação dinâmica, texturas detalhadas e um senso de espaço realista.

  • A estética retrô-futurista e os cenários industriais contribuem para um visual que une o antigo e o sci-fi de maneira convincente — ideal para quem gosta de horror “à moda antiga com tecnologia do futuro”.

  • O jogo apresenta otimização competente: em sistemas adequados, entrega fluidez e boa performance sem sacrificar a atmosfera.

Em termos de design artístico e ambientação visual, ROUTINE consegue combinar realismo e horror — ambientes sombrios, luz baixa, uso de sombras e ruído visual que reforçam a tensão.

Requisitos para o Jogo (PC):

Mínimos:

  • SO: Windows 10 (64-bit).

  • Processador: Intel Core i5-8600 / Ryzen 5 3600.

  • Memória: 8 GB RAM.

  • Placa de Vídeo: Nvidia GeForce GTX 1060 / AMD Radeon RX 570.

  • Armazenamento: 10 GB.

Recomendados:

  • Processador: Intel Core i5-13600K / AMD Ryzen 5 7600X.

  • Memória: 16 GB RAM.

  • Placa de Vídeo: Nvidia GeForce RTX 2060 / Radeon RX 5700.

  • Armazenamento: 10 GB.

🎯 Avaliação geral & recepção

A recepção de ROUTINE entre crítica e jogadores tem sido majoritariamente positiva — tanto pela ambição do projeto quanto pela execução.

Pontos bastante elogiados

  • A atmosfera de horror psicológico e imersão intensa — muitos relatos afirmam que o jogo consegue gerar medo e tensão mesmo sem recorrer a sustos fáceis.

  • A ambientação e estética retrô-futurista, que dá personalidade e charme próprio ao universo do jogo.

  • A narrativa por ambiente e detalhe, que exige que o jogador esteja atento, recompensando a curiosidade e observação.

Críticas e limitações apontadas

  • Alguns jogadores e reviews comentam que os inimigos e a ameaça podem parecer menos impactantes do que o esperado — o terror muitas vezes depende mais da atmosfera do que de confrontos memoráveis.

  • A experiência pode ser considerada curta, especialmente para quem busca jogabilidade de longo prazo ou alta rejogabilidade.

  • A proposta minimalista de interface e de pistas sutis pode incomodar jogadores acostumados com jogos mais “mãos dadas” ou orientados. Em alguns trechos, a falta de clareza exige paciência e dedicação.

✅ Pontos Fortes

  • Terror atmosférico e psicológico eficaz — o medo nasce da ambientação e da incerteza, não apenas de sustos improvisados.

  • Ambientação sci-fi retrô e visual coerente — estética elegante e bem trabalhada que mistura nostalgia e horror.

  • Design de som e ambiente que reforçam a imersão e a tensão.

  • Narrativa ambiental que respeita a inteligência do jogador e estimula investigação e atenção aos detalhes.

  • Mecânicas de sobrevivência e exploração com foco em suspense e vulnerabilidade — ideal para quem curte horror mais “clássico”.

❌ Pontos Fracos / Limitações

  • Menor foco em ação ou combate — pode desagradar quem busca adrenalina constante ou combates intensos.

  • Ritmo e ritmo de terror que privilegiem sutilezas: nem sempre haverá momentos de “tensão alta”, o que exige paciência.

  • Experiência relativamente curta, com menor replay-value imediato.

  • Dependência da disposição do jogador para explorar, observar e aceitar a vulnerabilidade — não é um jogo “light”.

🧠 Conclusão

ROUTINE é um título que não tenta reinventar o horror — ele reapropria a tradição do terror psicológico e da ficção científica com estilo, elegância e respeito pelo jogador. Para quem gosta de suspense, mistério e medo crescente ao invés de ação frenética, o jogo oferece uma das experiências mais interessantes de horror de 2025.

Não é um jogo perfeito, nem feito para todos. Mas, para quem aprecia horror atmosférico, exploração cuidadosa e ambientações marcantes, ROUTINE vale a pena. Ele mostra que — mesmo vindo de um estúdio independente — é possível entregar imersão, identidade e tensão de forma memorável.

Nota sugerida: 8/10 — um horror sci-fi com alma, atmosfera e coragem para apostar no medo sutil e cerebral.