Call of Duty: Black Ops 7 surpreende com campanha 100% online, sem pausa e com expulsão por inatividade

A campanha de Call of Duty: Black Ops 7 está dando o que falar — e não é por seus personagens ou pela história, mas sim por um conjunto de restrições inéditas que pegou a comunidade de surpresa. A Treyarch confirmou que o modo história do novo Black Ops será exclusivamente online, sem suporte a partidas offline, sem pausa, sem checkpoints tradicionais e ainda com expulsão automática por inatividade.

A decisão tem dividido opiniões e acendido debates sobre acessibilidade, preservação e o futuro das campanhas no gênero FPS.

Campanha 100% online: o que isso significa?

A exigência de conexão constante faz com que todo o progresso da campanha seja salvo nos servidores da Activision. Segundo o estúdio, isso permite:

• Atualizações em tempo real nas missões;

• Integração contínua com o modo Operações;

• Eventos dinâmicos compartilhados entre campanha e multiplayer;

• Prevenção de trapaças e edição de arquivos.

Porém, a falta de um modo offline significa que qualquer oscilação de internet pode resultar em desconexões, perda de progresso recente e impossibilidade de jogar em viagens, áreas sem conexão estável ou períodos de manutenção.

Sem pausa e sem checkpoints tradicionais

Outro ponto controverso é a remoção do sistema clássico de checkpoints.
Agora, os jogadores dependem do salvamento em nuvem, feito apenas em momentos específicos das missões. Isso pode resultar em trechos longos sem “pontos de descanso”, obrigando o jogador a continuar até que o jogo decida salvar automaticamente.

E a ausência do botão de pausar torna a experiência ainda mais rígida — qualquer interrupção do jogador deixa o personagem vulnerável ou pode até levar à expulsão por inatividade.

Expulsão por inatividade

Talvez a mudança mais surpreendente seja o sistema de kick automático, que remove jogadores que ficam parados por muito tempo durante a campanha.
Segundo a Treyarch, isso foi implementado para manter a “experiência fluida e sincronizada” com os servidores, já que a campanha usa a mesma infraestrutura do multiplayer.

Para os jogadores, porém, isso significa que:

• não é possível parar para analisar cenários com calma;

• não dá para atender o telefone ou resolver algo rapidamente;

• longos diálogos e cenas de investigação podem ser interrompidos se o jogador estiver sem controle.

Uma campanha mais dinâmica — mas menos acessível

A Treyarch afirma que a proposta é tornar a campanha de Black Ops 7 mais imersiva e com “ritmo ininterrupto”. Missões mais dinâmicas, sistemas interligados ao multiplayer e eventos vivos fazem parte dessa nova filosofia.

No entanto, muitos jogadores apontam problemas:

• Acessibilidade prejudicada para quem depende de pausas frequentes;

• Jogadores com internet instável ficarão em desvantagem;

• Menor preservação histórica, já que um dia os servidores podem ser desligados;

• Quebra da tradição, já que campanhas de CoD sempre foram jogáveis offline.

A comunidade reage — e pressiona por mudanças

Em redes sociais e fóruns, a recepção tem sido mista. Enquanto alguns elogiam a ousadia e o frescor da campanha integrada ao ambiente online, muitos outros criticam a perda de liberdade.
A Treyarch afirmou que está “ouvindo o feedback” e que ajustes poderão ser feitos após o lançamento.

Os fãs esperam melhorias como:

• modo offline no futuro;

• sistema de pausa opcional;

• redução de expulsões por inatividade;

• maior frequência de salvamentos.

Conclusão

A campanha de Call of Duty: Black Ops 7 marca um dos maiores desvios da fórmula tradicional da franquia, trazendo uma experiência sempre online, sem pausa e com controle rígido sobre o jogador.

Embora a ideia de uma campanha integrada a um ecossistema vivo seja promissora, as limitações impostas dividem opiniões e levantam dúvidas sobre acessibilidade e preservação.

Com a comunidade atenta e vocal, resta saber se a Treyarch fará ajustes ou se essa será a nova direção das campanhas em Call of Duty.